DEZ MINUTOS DIANTE DA MÃE SANTÍSSIMA

Meu, filho, se tu soubesses o bem que te quer a Providência, conduzindo-te à Minha presença! Eu Sou tua Mãe e possuo imensos tesouros, com ardentíssimo desejo de reparti-los contigo. Alegra-te, pois, anima-te. Que tens? Não me pareces cheio daquela alegria que tanto me apraz? Que fronte não se serena ante Mim? Ah! Acorda o teu fervor, acende o teu zelo... Por que Me queres mortificar, não te mostrando radiante de alegria a Meus pés?

Por mais graves que rejam as angústias de um pobre enfermo, ele se enche de alegrias assim que vê ao seu lado um médico que pode curá-lo... Meu filho, Eu Sou o remédio de todos os males. No meio de uma borrasca os passageiros nada temem, quando têm um afoito piloto, que os tranqüiliza... Por maiores que sejam os teus perigos, que temes tu, se Eu navego na tua barquinha? Mas quero que Me fales das tuas enfermidades, se queres que Eu seja a tua saúde; quero que Me mostres os teus perigos, se desejar que te livre deles. Tem confiança em Mim, ó meu filho; o Meu Coração abre-se para aqueles que se lançam nos Meus braços, como tu em criancinha fazias com tua mãe.

Eu Sou toda suavidade e doçura; chamo-me a Mãe do Perpétuo Socorro. Nunca ninguém se arrependeu de Me ter comunicado os seus segredos, de Me ter contado as suas desventuras, de Me ter descoberto as suas chagas, de Me ter revelado a sua pobreza.

Lembraste de que, nas bodas de Cana, o Meu Coração não pôde resistir àquela nuvem de confusão, que pela falta de vinho, estava a cair sobre os dois esposos... E queres que não Me enterneça na presença de negócios de maior importância? Abre-me o teu coração o deixa-te cobrir de beneficies por quem te ama.

Bem sei que vives num mundo que se tem tornado um covil de feras cruéis, que de noite e de dia armam ciladas... Bem sei que as tuas paixões são vivas e ardentes, que muitas vezes te deixas iludir e cometes falta de fidelidade ao meu Filho... Mas eis - Me aqui; estou pronta a ajudar-te, contanto que estejas pronto em receber os Meus dons.

Mostra-me a tua mente. Oh! Para que esses pensamentos de orgulho, de Inveja, de vaidade, de carne!... Dá-me a tua inteligência e a purificarei como ouro.

Abre-me o teu coração... De certo te atemorizas? Para que tanta indocilidade? Coragem! Ah! Pobre coração! Quantos afetos o dilaceraram!... Quanto pó o avilta!... Quantas sombras o obscurecem!... Quantas chagas o cobrem!... Dá-me... O meu Jesus deposita em minhas mãos o seu Coração e tu hás de duvidar fazê-lo? Elege-me, querido filho, Rainha do teu coração, e o verás mudado numa fonte de felicidade para ti.

Diz-me agora: como regulas o teu exterior? Como velas sobre as tuas palavras? Como guardas os teus ouvidos?... Como te regulas em toda a tua pessoa?... Essa vergonha que sentes no interior é uma resposta eloqüentíssima... Não desanimes meu filho; se o teu Interior estiver em minhas mãos, o teu exterior se tornará santo e precioso. Promete-me pôr mãos a obra? Que respondes? Ah! Não me dês uma negativa, que para Mim seria muito amarga! Não queiras aviltar-te... Eu estarei sempre contigo... Farei planos todos os teus caminhos, tornarei fácil o que é difícil. Coragem, meu bravo, levanta-te e caminha comigo pelas nobres sendas da virtude cristã.

Filho volta muitas vezes a meus pés... Enamora-te das minhas lições, deixa-te guiar por Mim, e nunca mais acontecerá que ponhas o pé em falso e que percas o Reino dos Céus.

 



Protected by Copyscape