COMUNHÃO COM AS PESSOAS DIVINAS

“Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo” (1Jo 1,3). É assim que S. João exalta a nobreza da Igreja, Esposa de Cristo, pela qual nos tornamos “participantes da natureza divina” (2Pd 1,4).

São Paulo celebra com incontida admiração este mesmo mistério, quando afirma: “é fiel o Deus que vos chamou à comunhão com seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1Cor 1,9).

Todos os que creem, portanto, estão em comunhão com Cristo e com Deus, por meio da fé, esperança e caridade. Mais sólida e íntima torna-se tal comunhão quanto neles se robustecem a fé, esperança e caridade; quanto mais procuram eles configurar-se com a vida e a conduta de Cristo; quanto mais se empenham em difundir o Evangelho no mundo, à maneira dos Apóstolos, que vivenciaram, por primeiro e da forma mais perfeita, a comunhão com Deus. Na verdade, eles trabalharam muito e sofreram por Cristo, entregando totalmente suas vidas para a maior glória de Deus e salvação dos irmãos.

Esta comunhão é uma verdadeira amizade com Deus, pois toda amizade comporta amor recíproco e mútuo intercâmbio de bens. Ora, segundo o ensinamento de S. João, é de tal natureza o relacionamento entre a alma fiel e Deus que não há nada que melhor manifeste a dignidade maravilhosa e divina de alguém do que a alma em graça1.

Exercícios Instruções, MS 3379-3381. Pe. Gaspar Bertoni

 


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