AS MIL MISERICÓRDIAS

Oração Inicial:  

Vós morrestes Jesus, mas uma fonte de vida jorrou para as almas, e abriu-se um mar de misericórdia para o mundo. Ó fonte de vida, inescrutável misericórdia divina, envolvei o mundo todo e derramai-Vos sobre nós.   

Ato de Contrição:  

Ó meu Jesus, crucificado por minha culpa, estou muito arrependido de ter feito pecado, pois ofendi a Vós que sois tão bom e mereci ser castigado neste mundo e no outro, mas perdoa-me Senhor, não quero mais pecar. Amém     

Invocação ao Espírito Santo:   

Vinde Espírito Santo, Vinde por meio da poderosa intercessão do Imaculado coração de Maria Vossa amadíssima Esposa. (3X).  

OFERECIMENTO:

Queremos rezar as mil misericórdias para a conversão do mundo, diante do que virá em breve. Jesus pede que intensifiquemos o terço da misericórdia para que a humanidade tenha maiores chances de salvação.

Vamos meditar as maiores dores que Jesus sofreu, do ponto de vista clínico, descritas por um cirurgião.

Este médico cristão pergunta:

Existirá dor maior do que a que JESUS sentiu?

INICIANDO A RECITAÇÃO DAS MIL MISERICÓRDIAS

Pai Nosso, Ave Maria, Creio.

1ª DOR.: Jesus entrou em agonia no Getsêmani e Seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra.

O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a decisão de um clínico. O suar sangue, é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais. Para provocá-lo é necessária uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo.

/: Vitória, Tu reinarás, Ó Cruz, Tu nos salvarás:/    

No lugar do Pai Nosso 

Eterno PAI, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade, de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo em expiação dos nossos pecados e os do mundo inteiro. 

No lugar das Ave-Marias: (50x)

D – Pela Sua Dolorosa Paixão.

R - Tende Misericórdia de nós e do mundo inteiro.

No lugar do Glória:

Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de Misericórdia para nós, eu confio em Vós.

2ª DOR:.O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens esmagaram Jesus.

Tal tensão extrema produziu o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas. O sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.  

/: Envia o Teu Espírito Senhor, e renova a face da terra:/.  

3ª DOR:. Pilatos ordena a flagelação de Jesus.

Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos.

/: Vitória, Tu reinarás, Ó Cruz, Tu nos salvarás:/        

4ª DOR:. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura.

Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe, o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor.

/:Envia o Teu Espírito Senhor, e renova a face da terra:/. 

5ª DOR:.As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue

/:Vitória, Tu reinarás, Ó Cruz, Tu nos salvarás :/                                        

6ª DOR:.. Depois o escárnio da coroação.

Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar. Os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo.   

/: Envia o Teu Espírito Senhor, e renova a face da terra:/.

7ª DOR:.Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado.

Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns 50 quilos.  A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. 

/: Vitória, Tu reinarás, Ó Cruz, Tu nos salvarás:/        

8ª DOR:. Os soldados puxam Jesus com as cordas.

O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso.

/: Envia o Teu Espírito Senhor, e renova a face da terra:/.

9ª DOR:.Sobre o Calvário tem início a crucificação.

Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas.

/: Vitória, Tu reinarás, Ó Cruz, Tu nos salvarás:/

10ª DOR:.Os carrascos dão um puxão violento.

Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pó e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos.

/: Envia o Teu Espírito Senhor, e renova a face da terra:/.  

11ª DOR:.Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), apóiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. 

/: Vitória, Tu reinarás, Ó Cruz, Tu nos salvarás:/               

12ª DOR:. A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos:

Provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego. Quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.

/: Envia o Teu Espírito Senhor, e renova a face da terra:/ 

13ª DOR:. O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, encostam-NO na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera.

/:Vitória, Tu reinarás, Ó Cruz, Tu nos salvarás:/ 

14ª DOR:.As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio.

A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Cada vez que Jesus levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor.  

/: Envia o Teu Espírito Senhor, e renova a face da terra:/.

15ª DOR:. Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo é uma máscara de sangue.

A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares.     

/: Vitória, Tu reinarás, Ó Cruz, Tu nos salvarás:/

16ª DOR:.Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus.

Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos, todos se curvam. É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam titânia, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis. Em seguida também aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios.

/:Envia o Teu Espírito Senhor, e renova a face da terra:/.

17ª DOR:. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair.

Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim fica quase preto, em estado cianótico. 

/: Vitória, Tu reinarás, Ó Cruz, Tu nos salvarás:/      

18ª DOR:.Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se.

A fronte está impregnada de suor, os olhos saem da órbita. Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços.

/: Envia o Teu Espírito Senhor, e renova a face da terra:/.

19ª DOR:. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.

Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés: Tortura inimaginável!

/: Vitória, Tu reinarás, Ó Cruz, Tu nos salvarás:/ 

20ª DOR:. Atraídas pelo sangue que ainda escorrem e também pelo sangue coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas ele não pode enxotá-las.

Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde. Uma tortura que, portanto já dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento:

"Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?"

Jesus grita:

"Tudo está consumado!".

Em seguida num grande brado diz:

 "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito".

E JESUS morre em meu lugar por causa dos meus pecados!    

/: Envia o Teu Espírito Senhor, e renova a face da terra:/.

Ao final:

T - Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro. (3x)

Canto: /:Vitória, Tu reinarás, Ó Cruz, Tu nos salvarás:/

1. Brilhando sobre o mundo/ que vive sem tua luz/ Tu és um sol fecundo/ de amor e de paz, ó Cruz.     

2. Aumenta a confiança/ do pobre e do pecador/ confirma nossa esperança/ na marcha para o Senhor.    

3. À sombra dos teus braços/ a Igreja viverá,/ Por ti no eterno abraço/ o Pai nos acolherá.



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