A SEMENTINHA

Jesus contou-nos uma história. Vamos ouvir:
“O reino do Céu é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E se torna uma árvore, de modo que os pássaros do céu vêm e fazem ninhos em seus ramos.” Mateus 13,31-32.
Deus quer que seja assim na vida da gente. Porque Jesus disse Semente, árvore e passarinho. O que mora na semente? Qual será o grande segredo que mora na vida da gente?
(mostrar estampa de Afonso e sua mãe)
Afonso certa vez pegou uma pequenina semente, tão pequena que era difícil até de enxergar. Ele levou a semente até sua mãe, dona Clarice e queria saber o segredo que havia dentro daquela pequenina sementinha.
(Estampa da mãe e filho enterrando a semente)
Dona Clarice então convidou Afonso para ir até o quintal com ela e assim plantou a semente no quintal, tampou a semente com terra. E ensinou a Afonso que dentro daquela semente morava um segredo bem grande para quem sabe esperar; esperar passar o tempo, o tempo certo da semente. Vamos ouvir o que a mãe de Afonso contou a ele...
 
JOGRAL : AS SEMENTINHAS
 Narrador: Viviam, embaixo da terra, numa casinha toda fechada, algumas sementinhas bem pequeninas.
Elas se encontravam no silêncio e na escuridão. Só queriam ficar dormindo...
Um dia ouviram um barulho forte: “Poc!poc!poc!poc!”                   
Acordaram Assustadas:
Primeira Sementinha: O que foi isso? Tem alguém ai!
Segunda Sementinha: Quem está fazendo esse “poc!poc!poc!”aí fora?
Chuva: Sou eu sementinhas. Vim refrescá-las e dar-lhes força para saírem da terra.
Terceira Sementinha: Sentimos muito, mas só queremos dormir sossegadas.
Chuva: Mas eu viajei distante. Passei por montes e vales só para ver vocês. Por favor, deixem-me entrar!
Quarta Sementinha: Não, não, não. Temos medo, não queremos que ninguém entre aqui.
Quinta Sementinha: Agora, Dona chuva, por favor, vá embora e deixe a gente dormir.
Chuva: Está bem, eu vou. Mas vou voltar qualquer dia. Até logo sementinhas.
Todas: Até logo, dona chuva.
Narrador: As sementinhas voltaram a dormir, deram graças a Deus pela chuva ter ido embora. E assim ficaram no silêncio e na escuridão. E, se passou muito tempo...
Um dia elas ouviram outro barulhinho:
Vento (soprando com força) - Uh... uuuuh...
Quinta Sementinha (assustada): Ai, o que é isso!
Primeira Sementinha (tentando ser valente): Quem está aí?
Vento: Sou eu o vento, sementinhas! Cheguei hoje e já estou aqui para visitar vocês.
Quinta Sementinha: Sentimos muito, mas nunca recebemos visitas. Por favor, vá embora.
Vento: Mas eu posso fazer vocês crescerem se saírem da terra.
Todas: Não, não, não.
Quinta Sementinha: Queremos ficar aqui mesmo, não queremos crescer.
Quarta Sementinha: Agora, tenha a bondade de ir embora e nos deixar dormir.
Narrador: O vento foi embora, ventando e triste. Disse que voltaria outro dia. As sementinhas deitaram-se novamente. Finalmente adormeceram. Mas não durou muito e começaram a sentir muito calor. O calor era tanto que acabaram acordando:
Terceira Sementinha: Por que estou sentindo tanto calor? (todas se abanam)
Sol: Sementinhas!
Segunda Sementinha:  Chiii! , outro na nossa porta!
Primeira Sementinha: Quem está aí?
Sol: eu sou o Sol, sementinhas. Vim visitar vocês!
Primeira Sementinha: Nós já falamos para a chuva e para o vento e agora vamos lhe falar o mesmo: nóos nuunca recebeemos visitas!
Sol: Mas nós só queremos ajudar vocês. Se vocês continuarem dormindo secarão e morrerão. Nós só queremos que vocês vivam e cresçam e se transformem em lindas árvores, que darão lindas flores e frutos e assim seus galhos abrigarão muitas aves que virão repousar e se abrigar a sua sombra e fazer seus ninhos.
Chuva: Abram a porta sementinhas!
Todas: Não, Não!
Sol:(severo): Sementinhas ouçam bem: a mãe terra nos encarregou de criar vocês. E vocês sabem que devem obedecer a sua mãe.
(as sementinhas olham umas para as outras e fazem sinal que sim com a cabeça. Levantam-se com medo)
Segunda sementinha: Está bem po... Podem entrar. (o sol se aproxima; a chuva e o vento também)
Terceira Sementinha : Não, não, não nos obrigue a sair de nossa casinha aconchegada!
Sol: Vocês terão uma casa muito maior e mais bonita.
Por favor, parem de tremer sementinhas. Eu vou conservá-las bem quentinhas.
Chuva: E se vocês ficarem com muito calor, por causa dos raios do sol, eu virei refrescá-las com as minhas gotas brilhantes.
Vento: E eu as refrescarei com minhas brisas mais suaves.
Sol: Abram os olhos sementinhas. Olhem em volta de vocês.
 
Primeira Sementinha: Ah! Que terra mais linda!
(mostrar estampa menino próximo à sementinha)
Afonso:Agora vocês não vão querer voltar mais para sua casinha, vão?
Todas Sementinhas:   Não, não, não!
Narrador:  Chegou o momento das sementinhas serem planta e crescerem. Crescerem tanto e serem tão bonitas, com muitos galhos e folhas, com muitas sombras e cantos, e receber muitos, muitos passarinhos que vêm ali para fazer o seu ninho.
Ali naquela árvore que um dia foi semente.
(Enquanto o grupo se desfaz, ouvir a música: sementinha).
Agora vocês sabem me dizer o que mora na semente? (ouvir as respostas) – Sim! Cada um de nós é uma sementinha e dentro de nós habita DEUS. Pelo menos deve habitar como aprendemos nas histórias anteriores, não é verdade?
E qual será o grande segredo que mora na vida da gente? (ouvir as respostas) - Todos nós, pequenas sementinhas, somos chamados por Deus pelo nosso nome, para sair do nosso comodismo, da nossa vida diária, das nossas limitações, da casca que nos envolve.
Aprendemos com as sementinhas que não devemos ficar deixando o tempo passar, pois corremos risco de secar e morrer... Não devemos deixar passar a nossa vida rejeitando sempre a visita das graças de Deus PAI (representada pela Dona Chuva na história), também não devemos rejeitar a brisa suave do Deus Amor - Deus Espírito Santo com tudo que Ele quer nos presentear (e que foi representado pela brisa do vento), e devemos também nos abrir à visita do Bom Deus Filho – Jesus Cristo em nossas almas (representado na historinha pelo sol), para que DELE possamos receber tudo que nos é necessário, o Alimento para o corpo e para a alma.
Só quando eu, pequena sementinha, abrir a porta ao Bom Deus, e deixar que Ele seja dono do meu coração, do meu corpo, da minha vida, da minha alma, poderei crescer, me transformar, me tornar uma bela árvore, tão bonita, com muitos galhos e folhas, com muitas sombras e cantos, e assim ser capaz de abrigar muitos filhinhos de Deus que buscam a Sua sombra, através de mim, que hoje sou sementinha.
Vamos cantar:
(ritmo da música ciranda, cirandinha)
Nós queríamos dormir
Lá embaixo, sossegadas,
Mas agora nós dançamos,
Muito alegres acordadas.
É gostoso ser semente,
E dormir bem escondida,
Mas é mais gostoso ainda,
Ser florzinha colorida.
Ciranda, cirandinha,
Vamos todos cirandar,
Vamos dar a meia volta,
Volta e meia vamos dar!
 
Escrito e compilado por S.A. G.